LLLB – LIGA DE LEIGOS LUTERANOS DO BRASIL
Rua Ceará 610, Centro, Marechal Cândido Rondon – Paraná
Gestão 2010/2013
“Leigos. Um só coração com Cristo e a Igreja” Ef 3.14-21
CARTA ABERTA À IGREJA EVANGÉLICA LUTERANA DO BRASIL E LEIGOS LUTERANOS DO BRASIL
Os líderes leigos dos Estados do Paraná e Santa Catarina e ex-presidentes nacionais da LLLB estiveram reunidos nos dias 06 e 07 de agosto do ano de 2011, na cidade de Marechal Cândido Rondon, estado do Paraná, no II encontro regional de presidentes distritais – PD’s para avaliar os trabalhos desenvolvidos pelos leigos luteranos do Brasil e o que se espera deles, como também o envolvimento dos pastores da Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB), com o trabalho dos homens da igreja.
Após o desenvolvimento dos trabalhos, através de palestras, debates, opiniões e planejamentos, notou-se que há uma grande lacuna entre o que se espera e o que se faz, entre o que se ensina e o que se pratica. Acredita-se que há pontos fortes dentre os departamentos e do trabalho de homens/ leigos e porque não da Igreja como um todo, quando podemos destacar a sua doutrina, o ensino, a organização e dentre outros, a capacidade de decisão por parte destes. Devemos também nos atentar para os fatores fracos que nos levam a uma reflexão sobre as decisões e atitudes necessárias, dentre as quais destacamos: a pouca participação, em não acabar o que é iniciado, o descompromisso, o clericalismo, as ofertas, o testemunho, o pouco conhecimento bíblico, dentre outros.
Se partirmos do pressuposto de uma igreja que é capaz de envolver e se organizar e também organizar eventos, o que nos preocupa é o fato de poucos se comprometerem com os trabalhos e na participação em cultos e menos ainda nos departamentos.
Nota-se a pouca participação nas reuniões das ligas das congregações, em Congressos Distritais, sendo que muitas vezes os leigos do próprio local do evento não participam. Percebe-se que não há um comprometimento por parte de muitos homens, tampouco por parte das lideranças e componentes de diretorias de congregações e paróquias que efetivamente não vislumbram a oportunidade da formação de lideranças nos departamentos e que se dedicam para o trabalho e se envolvam nas atividades. É cada vez maior o desinteresse pelo departamento e não somente do homem luterano, mas também de alguns pastores descompromissados, que não apóiam e nem se interessam pelo departamento dos homens e também no trabalho dos demais departamentos. Se pensarmos á nível de IELB e pelas estatísticas, verifica-se um percentual muito baixo de participação de pessoas não só em cultos mas também nos departamentos, é de se preocupar e se perguntar: qual a convicção de salvação de nossos membros? E qual a nossa atitude em relação a esta questão? Temos uma grande influência externa e o mundo cada vez mais está presente em nossos lares e influenciando a igreja, que aos poucos vai se adaptando aos costumes do mundo, quando a igreja deveria influenciar o mundo. A mídia não se cansa em atacar a família, as organizações religiosas, as instituições, a ética e a moral, e, parece que estamos cada vez mais abertos e propensos a tais influencias. Além das questões leigos/homens, departamentos, temos a questão ministerial que inquieta a liderança leiga. Pastores insatisfeitos com sua igreja, membros insatisfeitos com seus pastores, são fatos que não podem ser omitidos, além de pastores declinando do ministério por várias razões.
“Leigos. Um só coração com Cristo e a Igreja” Ef 3.14-21
É de se analisar com urgência, muita sabedoria e humildade esta questão, quem sabe até mudar de atitudes.
Diante dos fatos expostos, não há como concordar com a dormência, a indiferença e falta de atitude por parte dos fiéis da igreja, de sua liderança e sua direção, sem esforços além da conversa para se acalentar e chamar ao trabalho todos os seus.
Para que tenhamos departamentos fortes é preciso que os homens queiram, mas é também preciso que os pastores queiram fora isso não há como se pensar em departamentos e uma igreja forte.
Estas atitudes somente serão possíveis, quando entendermos o amor que Cristo teve por nós ao se entregar à morte. Quando nós entendermos que pregar o Evangelho a todas as nações é missão de cada fiel. Quem sabe a ausência da palavra de Deus em nossa vida não é a resposta para a falta de comprometimento e esfriamento espiritual.
Marechal Cândido Rondon – PR, 30 de agosto de 2011.
LLLB, ex-presidentes nacionais e líderes leigos do Paraná e Santa Catarina